Volkmar Berchtold

A Gaia conversou com seu piloto Volkmar Berchtold sobre sua mais recém conquista, o brasileiro de downhill 2024. Às vésperas de disputar mais uma edição dos jogos Panamericanos, onde já foi campeão em 2018, o catarinense de Schroeder nos contou um pouco sobre a sua história, momento atual e planos para o futuro.

 

1 – Mesmo com diversos títulos na carreira, ficou claro a sua emoção ao conquistar o campeonato brasileiro de Downhill 2024, em Pomerode (SC). Nos conte um pouco sobre essa experiência e como foi o campeonato deste ano.
Volkmar: Foi um ano muito diferente pra mim, passei 2 meses antes da prova me dedicando totalmente à função de treinador, treinei diversos atletas de todas as partes do país. Isso foi incrível, mas como eu já sabia, tive que me concentrar muito nesse trabalho e acabei ficando de lado. Eu tinha certeza que meus atletas teriam resultados incríveis, mas também tinha certeza que seria muito difícil eu conseguir vencer, e mesmo assim, eu consegui. Minha emoção ali era por saber que venci, mas antes de largar, eu já sabia de alguns resultados de meus pilotos, então além de tudo, tive que conter minha emoção como treinador. Meus pilotos conquistaram ao todo 8 medalhas.

2 – Você e seu primo Markolf são referências no esporte. O que ainda te motiva a competir em alto nível?
Volkmar: Somos doentes por duas rodas, nascemos no meio e quero estar envolvido até o final. A grande maioria leva isso como um hobby, mas para nós é um estilo de vida mesmo. Sempre tive sonho de ser campeão nacional, panamericano e mundial, ainda não conquistei o de campeão mundial, então vou continuar lutando.

3 – Como foi a sua preparação para o campeonato brasileiro e o que acredita que foi seu diferencial para conseguir essa conquista?
Volkmar: Como mencionei antes, não consegui fazer a preparação que eu queria, mas tenho muita bagagem e conhecimento no esporte. Sou mentalmente muito forte e sei crescer quando é a hora. Foi dessa forma que eu conquistei meus melhores resultados até hoje.

4 – Sabemos que você teve algumas lesões que atrapalharam um pouco o andamento da sua carreira. Como você se sente atualmente e como foi sua preparação para o campeonato?
Volkmar: Infelizmente tive várias lesões graves seguidas. Confesso que me perguntava muito o porquê de isso acontecer, mas com os dias passando, fui percebendo que aquilo me forjava. Foram dias duros, mas de muito aprendizado. Acho que devemos sempre encarar os desafios, nunca foi fácil e nunca será fácil. É preciso se doar, amar de verdade o que faz, isso faz toda diferença.

5 – O Panamericano está chegando. Quais as suas expectativas? Acredita que possa trazer mais uma vez uma medalha?
Volkmar: Estamos a poucos dias de mais um Pan, estou embarcando essa semana para a Europa com meus alunos, onde faremos uma preparação para o Panamericano 2024, que acontece em El Salvador, no fim de setembro. Minha expectativa é sempre a melhor, me preparar bem e vencer. Estarei pronto para lutar por mais um título para nosso Brasil. Carrego o sobrenome mais pesado da história do DH Latino americano nas costas. Meu primo Markolf Berchtold é o maior vencedor brasileiro dos jogos, e eu já tenho 3 medalhas no Pan também, então vamos seguir escrevendo novos capítulos dessa história.

6 – Você também curte o motocross, embora seja uma modalidade bem arriscada. Acredita que o motocross atrapalhe seu desempenho no Downhill? Pretende conciliar as duas modalidades?
Volkmar: Sou maluco por motocross, corri os últimos anos no BRMX na MX3. Acredito que um esporte pode ajudar o outro sendo bem feito. Quero continuar praticando sim.

7 – Você continua andando em um alto nível, conquistando títulos e resultados expressivos. Quais são seus planos para o futuro e até quando acredita que vai continuar competindo?
Volkmar: Quero viver esse sonho enquanto meu corpo permitir, e agora tenho sonho de entrar nas pistas com meu filho, que já gosta também. Fico muito feliz.

8 – Você já é piloto Gaia há seis anos. Todos sabem da importância de utilizar equipamentos de primeira linha para a segurança e desempenho. Como foram suas impressões do modelo Shield, lançado esse ano pela GaiaMX?
Volkmar: Sou muito grato a essa marca. A Gaia nos patrocina há muito tempo, além de fornecer os melhores óculos de proteção. Valorizo que sempre nos procuram para usar nosso conhecimento e melhorar seus produtos. O novo Shield ficou sensacional. Gosto muito do campo de visão que ele nos proporciona, e as novas lentes rígidas com o sistema muito prático para trocar as lentes ficaram incríveis.

9 – Quais as dicas que você daria aos pilotos que estão começando na modalidade Downhill? Acredita que a modalidade ainda está em evolução no país, ou já está consolidada?
Volkmar: A maior dica seria para que vocês sempre invistam primeiro em conhecimento. Bons professores encurtam caminhos e salvam investimentos financeiros desnecessários. O DH no Brasil comparado ao DH Mundial ainda está engatinhando, mas tenho muita esperança de poder continuar contribuindo e tentando sempre fazer nosso esporte crescer.

10 – Desde muito pequeno você iniciou no esporte. Tem plano de inserir seu filho futuramente na modalidade?
Volkmar: Fui criado no meio de competições, meu falecido pai era piloto de moto, meu tio (pai do Markolf) era ciclista de estrada, então meu mundo sempre foi esse. Meu filho segue os mesmos caminhos, já me acompanha com minha esposa em todas competições, acabou de completar 2 anos e já fala todos os dias que vai ser campeão mundial. Então sim, já trabalho muito a cabeça dele para que seja em primeiro lugar um grande homem, e quem sabe, continue a história da família Berchtold, que agora também tem o Zion detonando no Motocross e conquistando títulos nacionais.

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