Conversamos com um dos destaques do Tem GaiaMX, o paulista João Vitor Cardeli, que disputa as finais do BRMX. Saiba como é a rotina e história do multicampeão paulista.
1 – Esse ano tem sido um ano competitivo e vitorioso para você. Nos conte um pouco sobre o projeto e parcerias que possibilitaram um 2024 com tantos resultados positivos.
João Vitor: Felizmente, esse ano tem sido muito competitivo. Fui convidado a correr pela equipe FK Racing no campeonato brasileiro, na categoria MX4. Isso para mim foi um desafio muito grande, pois se trata do maior campeonato da América Latina. Também estou no campeonato paulista e em algumas provas regionais. Para me apoiar, tenho vários parceiros esse ano, como a GaiaMX, que já é uma parceria de muito tempo. Os resultados, são frutos de muita dedicação e treino. Não é fácil se manter com alto rendimento, aos 43 anos.
2 – Da onde veio a paixão pelas motos?
João Vitor: Eu ando de moto desde meus 6 anos de idade, porque meu pai corria e tinha uma loja de Moto, então não tinha como não se apaixonar por esse esporte maravilhoso. Minha primeira moto foi construída na loja do meu pai, com motor de motosserra.
3 – O motocross no estado de São Paulo é um tanto quanto descolado da CBM, com muita autonomia e organização, com campeonatos competitivos e independentes. Você também tem essa impressão? Por quais motivos você acha que isso acontece?
João Vitor: Sim, os campeonatos regionais estão cada vez mais fortes por questões de organização e muitos patrocinadores acreditando no esporte. Na questão da CBM, não vejo nenhum tipo de incentivo ou ajuda aos organizadores desses campeonatos regionais e estaduais. Acho que se tivessem uma união melhor, nosso esporte poderia estar num patamar mais elevado.
4 – Temos ouvido muitas críticas em relação a organização do campeonato brasileiro. O que você acha que poderia melhorar na competição?
João Vitor: Como eu já mencionei, temos um campeonato brasileiro de motocross como o maior da América Latina. A organização poderia melhorar em muita coisa, começando por escutar mais os pilotos. A impressão que eu tenho é que para eles, interessa mais a parte financeira do que a segurança dos pilotos na pista. Em Interlagos, tivemos o maior evento do motociclismo do país, e foi a corrida que mais tivemos acidentes se não me engano, com mais de 80 ocorrências médicas. Mas, acredito que como nosso esporte vem crescendo muito e com cada vez mais equipes. Por isso, essa questão vai melhorar e a CBM vai dar o valor que os pilotos merecem.
5 – As finais do BRMX estão chegando. Quais as suas expectativas?
João Vitor: No próximo final de semana, dias 3 e 4 de agosto, teremos a grande final do BRMX em Ponta Grossa (PR), e estou bem empolgado e preparado para essa etapa, pois consegui finalizar em Interlagos com um P3 na MX4, sabendo que poderia ter sido melhor. Estou fazendo os acertos para conseguir tirar o máximo dessa final, apesar de estar em 6º colocado no campeonato. Fui obrigado a perder duas etapas porque a CBM colocou essas etapas junto com campeonatos regionais, e essa decisão ocorreu durante o campeonato. A nossa equipe e outros pilotos de diferentes equipes acharam uma sacanagem da CBM, e com isso, muitos não tiveram condições de participar dessas etapas.
6 – Esse ano, você tem competido em diversas categorias. Qual tem sido seu maior desafio?
João Vitor: Sim, venho competindo no paulista de motocross em 4 categorias: MX1, MX3, MX4 e MX Gold. O meu maior desafio é sem dúvida o campeonato brasileiro, pelo nível alto dos pilotos. Temos pilotos do Brasil inteiro e também de outros países, lembrando que a MX4 do BRMX tem cerca de 70 pilotos por etapa, só se classificando 40 para largar. Continuar andando entre os 6 melhores do país é um grande desafio e motivação para mim.
7 – Como tem sido a sua preparação física e mental para enfrentar essa maratona de provas? Quais os cuidados que você tem em sua alimentação, treinos e preparação das motos para se manter em um alto nível?
João Vitor: Com 43 anos, os treinos em alto nível são muito mais difíceis. Eu tenho meu personal, o Arthur, que faz um trabalho sensacional. Treinamos 4 vezes na semana a parte física e 2 vezes na semana com a moto, a não ser quando tem as competições. Quanto alimentação, trabalho para que seja bem regrada para conseguir um melhor desempenho nas pistas.
8 – Temos visto uma migração constante de pilotos do motocross para o enduro. Você tem intenção de um dia competir em outras modalidades, ou o motocross é sua única paixão?
João Vitor: Na verdade, quando comecei no esporte foi no enduro, os famosos enduros de velocidade, que eram provas com duração de 1:30h. Participei também do rally baja 500, conseguindo ficar na segunda colocação na época. Futuramente, tenho vontade de poder voltar aos enduros e ao cross country, mas vamos ver o que os patrocinadores acham mais interessante.
9 – Até que idade você se imagina competindo? Já sofreu algum acidente grave em sua carreira?
João Vitor: Pretendo competir até quando Deus me permitir e tiver saúde. Já sofri vários acidentes em minha carreira e acumulei um total de 40 fraturas. O mais grave foi em 2019, na copa São Paulo em Indaiatuba, onde fiquei 6 dias internado. Quebrei sete costelas e perfurei o pulmão.
10 – Como piloto do Team GaiaMX, você tem enfrentado desafios complexos usando o novo modelo da marca, o Gaia Shield. Como tem sido essa experiência e quais os pontos positivos que os óculos oferecem?
João Vitor: No meu ponto de vista, a Gaia acertou nesse novo modelo, tanto no design quanto na qualidade. E quando falo de qualidade é porque pelo conjunto que esses óculos têm e o preço dele no mercado, não temos comparação. Gosto demais da lente, espuma e elástico. Além disso, a substituição da lente ficou muito prático e rápido. Ajuda muito nas provas.
11 – Quais as dicas que você dá para os pilotos iniciantes que querem entrar no universo do off-road?
João Vitor: Minha dica é sempre utilizar os melhores equipamentos de segurança, começando pelo capacete e com um óculos deproteção top de linha, de preferência um GaiaMX. Também caprichem nas luvas e botas, e o principal, uma moto competitiva. Depois que entra é muito difícil sair.
Um grande abraço e espero que tenham gostado.
O surgimento do Free Style Motocross e um bate-papo com o piloto GaiaMX Dieguinho Djandjian após seu grave acidente! O Free Style Motocross ou FMX possui uma jornada ousada desde suas origens até os dias de hoje. A modalidade começou a ganhar destaque no mundo na década de 90, especialmente nos Estados Unidos, com os […]
Continue lendoA Gaia conversou com seu piloto Volkmar Berchtold sobre sua mais recém conquista, o brasileiro de downhill 2024. Às vésperas de disputar mais uma edição dos jogos Panamericanos, onde já foi campeão em 2018, o catarinense de Schroeder nos contou um pouco sobre a sua história, momento atual e planos para o futuro. 1 […]
Continue lendoConversamos com um dos destaques do Tem GaiaMX, o paulista João Vitor Cardeli, que disputa as finais do BRMX. Saiba como é a rotina e história do multicampeão paulista. 1 – Esse ano tem sido um ano competitivo e vitorioso para você. Nos conte um pouco sobre o projeto e parcerias que possibilitaram um […]
Continue lendo